Esse livro é o primeiro de uma trilogia chamada Millenium, que conheci através de uma amiga.
Devo dizer que já faz um tempinho que queria ler esse livro, mas por obra do destino na biblioteca daqui ele sempre estava emprestado até que esses dias atrás eu o encontrei finalmente.Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Henrik está convencido de que ela foi assassinada, e que um membro da família Vanger a matou. Quase quarenta anos depois, o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger, e que muitos querem vê-lo pelas costas. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados, ele percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet.
O que mais achei interessante é a forma como autor faz com que o universo de ambos protagonistas "colidam" de forma para que se encontrem e te deixa de queixo caído. O livro inicialmente começa com três pontos de vista diferentes sendo eles os de Henrik Vanger, um senhor de oitenta e dois anos que procura descobrir o que aconteceu com Harriet, Mikael Blomkvist, um jornalista econômico e dono da revista Millenium que foi processado por levantar falso testemunho e Lisbeth Salander uma jovem investigadora freelancer da empresa Milton Security que não é muito sociável, mas é extremamente talentosa.
A leitura é um pouco arrastada no inicio, mas com o decorrer dos acontecimentos ela fica super prazerosa,capaz de prender o leitor até o fim e que conta com um enredo de tirar o folego. Os personagens são profundos e muito bem estruturados ao pontos de projeta-los como pessoas de carne e osso, cheio de sentimentos contraditórios e duvidas. Os protagonistas Lisabeth e Mikael são tão apaixonantes que faz
você torce a trama inteira por eles. E devo dizer que de todas personagens femininas que já tive o prazer e encontrar Lisbeth Salander está no topo da lista mulheres mais incríveis e porque não disse poderosas da ficção.
O mistério ao redor da família Vanger é tão fascinante ao ponto do leitor chegar a desconfiar de todo mundo, afinal quais segredos essa família esconde?
A linguagem usada é bem atual e muito próxima da utilizada em nosso cotidiano. Outra coisa muito interessante é a forma como autor fala de um assunto delicado como o estrupo de maneira incrível.
Os Homens que não Amavam as Mulheres ganhou duas adaptações cinematográficas, sendo Millennium: Os Homens que Odeiam as Mulheres, no original The Girl with the Dragon Tattoo produzido em 2011 e Os Homens que Não Amavam as Mulheres, Män som hatar kvinnor em sueco de 2009.
Para quem gosta de suspense e mistério é uma ótima pedida. Espero que tenham gostado da resenha. Desejo a todos uma ótima leitura. Um super beijo e até mais.