Olá meus amores! É com muita felicidade que venho trazer a resenha de um livro maravilhoso, O fio de Victoria Hislop.
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Tessalônica, 1917. No momento do nascimento de Dimitri Komninos, o fogo devasta a cidade multicultural onde cristãos, judeus e muçulmanos convivem. Cinco anos depois, a jovem Katerina foge para a Grécia quando sua casa na Ásia Menor é destruída pelo exército turco. Ao se perder da mãe em meio ao caos, ela acaba em um navio cujo destino é desconhecido. Desde esse dia, as vidas de Dimitri e Katerina se entrelaçam: entre si e com a história da cidade. Fruto de uma pesquisa meticulosa, O fio tem como cenário a tortuosa história política da Grécia no século XX. A narrativa emocionante de Victoria Hislop — também autora de A ilha e O retorno — une ficção e história ao contar a saga de duas famílias na segunda maior cidade grega.

Antes de qualquer coisa, sou um pouco suspeita para falar sobre qualquer livro que se passe na Grécia. Mesmo não tendo nenhuma descendência grega conhecida, minha família é grande o bastante para não se ter certeza sobre algo do tipo, e muito menos nunca tendo colocado meus pés em solo grego, sou apaixonada por esse país e sua cultura.  Confesso que não conheço muito sobre a história dele como gostaria, mas procuro sempre pesquisar e tentar entender um pouco mais sobre ela e esse livro me chamou a atenção exatamente por isso.

O livro se inicia mostrando um pouco da Tessalônica, segunda maior cidade da Grécia, do ano de 2007 onde o jovem Mitsos após se encontrar com os avós que insistem em continuar vivendo na Grécia ao invés de ir morar em Londres com ele, acaba se tornando o ouvinte da história dos avós.
Nesse ponto a história recua no tempo, para o ano de 1917, ano em que a cidade de Tessalônica acaba sofrendo um enorme incêndio que quase a destruiu completamente e é neste cenário o avô de Mitsos acaba de nascer. Nesse meio tempo, no ano de 1922, explode a guerra entre Grécia contra a Turquia, obrigando gregos a se retirarem da cidade de Esmirna, na Turquia. Enquanto isso em meio a confusão  Katerina, sua avó, de cinco anos acaba se perdendo da mãe e da irmã ficando para trás, sendo salva por um soldado grego e é embarcada para destino desconhecido.

Ficando sob a proteção de Kyria Eugenia Karayanidis e suas duas filhas gêmeas, a jovem pensa que vai para Atenas, mas acaba desembarcando em Tessalônica uma cidade repleta de diversidade cultural.
A partir desses acontecimentos a história do livro começa a ser costurado de maneira a ligar a história de Katerina e Dimitri aos acontecimentos históricos que modificaria a cidade de Tessalônica para sempre.
Victoria consegue conquistar o leitor desde a primeira página. Praticamente não dá para se sentir as páginas passando enquanto acompanha a história, graças a narrativa inebriante, viciante e deliciosa.
Os personagens são vivido a ponto de você crer que pode encontrá-los a cada esquina tamanha a humanidade de cada um deles. Nenhum é perfeito, eles têm sonhos, anseios, medos e obrigações. A história é simplesmente visceral, mesmo sabendo pela própria autora personagens e nomes de ruas e locações são ficção.

Hislop aborda a ocupação alemã, as lutas, os comunistas, temas de grande polêmica com graça e com leveza, mesmo esses sendo temas não tão leves assim.
Este é um livro que comecei com aquela desconfiança de seria ou não uma boa leitura e terminou sendo um livro que arrebatou meu coração, me levando a torcer a cada página por seus personagens, Dimitri e Katerina.
Para aqueles que esperam um livro lento e maçante, pode ter a certeza que O fio é tudo menos isso. Com sua história dinâmica e delicioso a cada página. Sem dúvida, um livro impossível de esquecer.
Um prato cheio para aquele que adoram história e principalmente, a Grécia.





É nesse clima de feliz ano velho e feliz Ano Novo que venho trazer o resultado da minha meta literária de 2016, esse ano que sacudiu geral e nos fez ficar meio sem entender o que passou por cima da gente...Será que foi um ônibus ou um caminhão...Só Deus sabe, né?


Brincadeiras a parte. Como todos sabem, final de ano é tempo de olhar para trás e rever se as metas propostas foram cumpridas ou deixadas de lado por algum motivo. Aqueles que acompanham o blog sabem que minha meta de leitura de 2015 foi um belo desastre por um motivo muito legal sqn, o esquecimento. Se você não saber o que estou dizendo, basta olhar o post relacionado ao assunto clicando aqui.

Esse ano para mim foi um tanto turbulento, os semestres da faculdade, conseguir arrumar um emprego, fanfics novas, retirando a poeira de projetos de 2010, mudanças no blog, parcerias e.... Ufa! Quanta coisa se passou e parece que foi ontem que estávamos pulando ondinhas e desejando que o novo ano fosse maravilhoso. Ainda me sinto abalada por tantas mudanças repentinas, mas aos poucos tudo encontra seu lugar e segue o fluxo para se equilibrar novamente.
Foi nesse ano louco que tivemos, eu creio que se não foi para todos pelo menos para a maioria, eu segui em frente com minha meta literária ao estilo balança mais não cai. 
Ou quase isso...

Eu havia decidido por serem apenas 30 títulos aleatórios e para a minha não tão grande surpresa eu consegui supera-la. Foram 32 livros lidos e mais 3 mangas fechando a conta de 35 para a minha alegria. 

2017 já ta batendo na porta trazendo com ele as novas metas para o próximo ano. Como era de esperar ou não, é a minha vez de firmar a minha. Nesse 2017 que está para iniciar, decidir aumenta-la para 40 livros e assim como foi nesse ano ela será aleatória. Não vou escolher os títulos que irei ler, apenas determinei que irei terminar aqueles que ficaram pendentes esse ano na meta atual, que foram três livros. 
E quanto a vocês, já sabem qual será a meta literária proposta para 2017? Deixem aqui o nos comentários. Adoraria ver.
Um grande beijo e que esse ano que está para iniciar nos traga muita alegria e muitos livros. Até mais :* 



Yo Ho Ho e Uma Garrafa de Rum! Vocês são corajosos o suficiente para embarcar nessa aventura marujos? Se sim, subam a bordo, pegue sua caneca de rum e venham navegar no livro Piratas da autora Karen Alvares.
 Você já sonhou em navegar pelos sete mares, enfrentando sereias e saqueando tesouros? Ou, quem sabe, você prefira uma dose de rum e um voo em um dirigível? Ou então viajar por mares antigos e misteriosos, vingando seu amor perdido, enfrentando abutres sanguinários, vendendo relíquias não tão preciosas assim?
Ahoy, leitor, então seja bem-vindo a bordo de Piratas, um navio onde dez grandes autores se reúnem para contar as histórias mais incríveis de todos os mares sobre... piratas, é claro! Içar velas, marujos! Vamos partir rumo à aventura! 
Conheci Piratas acidentalmente quando me deparei com o site da autora Karen Alvares. Com a sinopse bastante chamativa, me inscrevi para receber um dos livros da mesma para resenhar e para minha grande surpresa, ao recebê-lo.
O livro é composto por dez contos sobre piratas e seus feitos. Se você acredita que só irá encontrar apenas aquela visão que já nos é velha conhecida dos piratas, você irá se surpreender, alguns dos Piratas que fazem parte da obra estão longe da imagem de viajante dos sete mares.
No primeiro conto, O Tesouro de Nossa Senhora dos Condenados, de Caludia Dugim, conhecemos Timbo e Ogumé dois piratas “aposentados” que através de uma conversa na Taberna dos Destroços, onde passam seus dias contando seus feitos,  contam como aconteceu foi perseguir o tesouro de Nossa Senhora dos Condenados, liderado pela pirata Eyre Austen.  Repleta de humor e aventura, é impossível não gostar dessa dupla.

Os Pilares de Melkart, de Ana Lúcia Merege, traz uma história que mistura mitologia egípcia e grega, ao contar a história de Baltazar e sua tripulação que foram contratado para encontrar uma relíquia mística a mando de um sacerdote egípcio. A história é muito bem escrita e desde o começo do conto ficamos com uma pulga atrás da orelha e acaba nos dando um tapa alá “toma distraída” quando a missão acaba não saindo como o planejado.

Vingadora, de Paola Silveiro, meu conto favorito dessa antologia, conhecemos o capitão De Merda e sua busca por vingança e sangue, mas será que isso trará paz ao seu passado? De uma forma que mistura romance, tragédia e um ar sombrio, Vingadora nos conquista desde o principio ao mostra em primeira pessoa os sentimentos tão conflitantes.

Barracuda Negra e a Máquina Misteriosa, de J.M Beraldo, mostra a saga da capitã Karyan e sua tripulação do Barracuda Negra para descobrir para que serve um estranho artefato encontrado. Com um enredo bem diferente, a história tem um fim capaz de arrancar boas gargalhadas.

#BonnyRead, de Fabiana Madruga, contam a histórias de “piratas” bastante atuais, que navegam em outras aguas diga-se de passagem. Em #BonnyRead, conhecemos Laura, Cecilia e Jack, um trio que vende bolsas falsas para pessoas da alta sociedade. É um conto bastante moderno e intrigante, que apesar de ser muito bem estruturado e com um final cheio de reviravoltas, não conseguiu me conquistar.

Em Mais Pesado que o Ar, de Melissa de Sá, conhecemos Amélia Harship filha de um milionário que após o pai ter falecido, e tendo o conhecimento que teria que não teria direito a herança por não ser casada, decide fugir no dirigível Rainha Vitoria de seu falecido pai, que mais tarde acaba sendo tomado por piratas. Disposta a viver Amélia decide abrir mão do pouco que tinha e fazer parte da tripulação. Cheio de uma pegada steampunk, Mais Pesado que o Ar conquista desde os primeiros parágrafos, deixando quem ler com um sabor de quero mais depois que termina.

O Tamanho dos Sonhos, de Sabrina Mota Marcondes, mostra uma pegada bem sobrenatural ao contar a historia de Dot, uma jovem que perdeu sua irmã mais nova Lucy, que para a mesma ainda continua viva em seus sonhos. Apesar de um pouco confuso, a mensagem passada pela história é belíssima.

Porto Vermelho, de Luana Tsuki, conhecemos Miguel Ávila um homem que resolve deixar suas “obrigações” à procura uma aventura. Assim ele embarca em um navio com destino as Índias como cozinheiro. No meio da viagem, o navio acaba sendo atacado por Dulce e sua tripulação, no qual o que seria apenas uma aventura se transforma em algo sombrio e perigoso.  O mais legal dessa história é o fato de mostrar não apenas a historia do ponto de vista de Miguel como o de Dulce. Nem preciso dizer que o final é surpreendente.

Em Sinos do Inferno, de Albarus Andreos, vemos retratada mais uma atual forma de pirataria, a de dados. Nele vemos o resgate de seis jovens marujos. É um pouco difícil resenhar esse conto, pelo mesmo ser um tanto confuso e complexo, mesmo para mim que conhece alguns dos termos utilizados pelo autor.

Para fechar a obra com chaves de ouro Piratas não conhecem o perdão, da própria Karen Alvares, capitã desse navio. Junto com Vingadora e de Mais Pesado que o Ar, essa entrou para lista das minhas favoritas.  Nesse conto conhecemos o Capitão Thomas Cavendish, narrador da mesma, e sua historia desde o momento em que conheceu Malfada. A jovem teimosa que acaba o traindo mais tarde. Uma leitura rápida que deixa com um gosto de quero mais. Uma história cheia de magia e romance que prende do inicio ao fim.

Piratas é uma antologia muito bem feita. É impossível não ficar com vontade de jogar uma mochila nas costas e embarcar em uma aventura como alguns desses inúmeros personagens.Nem mesmo os contos que me desagradaram fizeram a obra perder seu brilho.

Para quem busca aventura, romance, mistério e ação, suba a bordo dessa obra e se divirta junto a tribulação da capitã Karen.